Diário de Mim ®

Quando comecei a jogar farmville, no facebook , nunca pensei que um simples jogo de “ingricula”me desse oportunidade de viver momentos tão divertidos como neste sábado.

Por culpa da “ingricultura” fomos criando laços, rindo dos disparates e das tontices uns dos outros, aplaudindo as pequeninas conquistas e sendo solidários com quem da família “ingricula” ia tendo problemas no jogo.

Ao longo dos meses foi-se desenvolvendo uma cumplicidade virtual entre um grupo de farmracheiros que culminou num encontro muito descombinado num lugar que em tudo não tem a ver com o jogo. Bem, pensando melhor até tem...nós plantamos chá, temos elefantes...o lugar escolhido foi este.

Mas claro, não seria um a saída normal para mim, sem haver algumas peripécias...começou logo quando arrumei o “bito” no parque da Basílica da Estrela. A CC afirmava que o carro não cabia. Depois de o ter aparcado e de ter literalmente encaixado o pára-choques no passeio.

Esta pequenina distracção obrigou-me a fazer um monte de manobras, tantas que, dois padres que ali se encontravam um negro e outro tão branco que parecia farinha, acharam que eu precisava de uma ajuda divina. E assim como por milagre transformara-se em dois experientes arrumadores, tal não era a confiança que demonstravam na sinalética que faziam.

Eu como é óbvio, estava morta de riso. Ainda pensei em dar-lhes uma moedinha. Mas achei que seria demais. A CC então ria à gargalhada e só se conteve, quando saímos do carro e eu agradeci a ajuda, que na realidade não precisava, mas isso também não eles não precisam de saber... Brindaram-nos com um enorme sorriso e quase tenho a certeza que nos abençoou. Isto só a mim!

Quando chegamos ao sítio, ficamos maravilhadas com os doces nas vitrinas, a variedade de produtos exóticos e com a variedade de chás existentes. Alguns tão bem nossos conhecidos de outras paragens.

Entretanto nós íamos começando a degustar os chás, claro que a Ti Nanda estava felicíssima a beberricar o seu de lavanda. Aliás, ela é a mestra de plantar essa planta na sua herdade...muito rimos desta coincidência . Que bom que era o meu chá de menta e hortelã...e que sabor divino tinham aqueles docinhos, que infelizmente já não sei o nome, mas eram de comer e chorar por mais.

A conversa corria livre e descontraída e as gargalhadas e os risos eram mais que muitos. Tenho a impressão que os outros clientes pensaram que nós éramos de uma raça estranha, pois falávamos de maneira esquisita. Pronto já sei, linguagem de farmrancheiros... Acho mesmo é que estavam era com uma certa inveja da boa disposição que por ali reinava.